NOTÍCIAS

Direitos Humanos
Institucional
Gestao Responsavel
Integridade
Ambiental

ETHOS AMBIENTAL

Com posse marcada para sexta-feira (20), Trump promete romper com os acordos do clima

Países assinantes do Acordo de Paris se manifestam contra as declarações do presidente eleito

19/01/2017

Compartilhar

AG

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, toma posse nesta sexta-feira (20/01), mas a preocupação com suas declarações polêmicas já começaram. Entre elas a de que ele não acredita em aquecimento global e ainda durante a campanha prometeu romper com os acordos climáticos. Além disso, Donald também alegou que os acordos do clima atrapalham o crescimento dos Estados Unidos e que pretende incentivar a indústria do petróleo e carvão, combustíveis altamente poluentes, na contramão dos acordos, que prevê incentivos à energia limpa.

O mais impactante acordo assinado pelos Estados Unidos foi o Acordo de Paris, na COP 21, em 2015, que entrou em vigor em 2016 e foi assinado por 195 países. A assinatura foi considerada uma conquista histórica por dois motivos. Primeiro pelo fato de que os EUA, além de ser uma potência mundial, também é um dos líderes na emissão de gases que agravam o aquecimento global. E também  considerando-se que os EUA não tinham assinado o Protocolo de Kyoto, de 1996.

Frente a este cenário, líderes globais já começaram a se posicionar contra as afirmações do presidente e fizeram ape­­­los para que ele cumpra os acordos firmados, em especial da COP 22, que aconteceu em 2016 em Marrakesh. Na ocasião, a União Europeia ameaçou aplicar sansões aos Estados Unidos, caso o país saia do acordo. Além disso, o presidente da França, François Hollande, alegou que o rompimento do acordo é irreversível, tendo em vista que já foi firmado e o não cumprimento seria irresponsabilidade. No primeiro dia do Forum Econômico Mundial, o presidente da China, Xi Jinping, também pediu que os países mantenham o compromisso assumido.

A saída dos Estados Unidos do acordo representaria uma grande perda, visto que o tratado foi uma conquista e uniu diferentes nações em torno do objetivo comum de barrar o aquecimento global. “A possibilidade de que os Estados Unidos possam recuar e rasgar o maior e mais importante acordo global para enfrentar as mudanças climáticas é irresponsável e inadmissível. Se o país de Trump, que é responsável por 15% das emissões dos gases poluentes rescindir o acordo, os países responsáveis pelos outros 85% estão comprometidos a diminuir suas emissões e podem acabar por isolar os Estados Unidos”, observou Caio Magri, diretor presidente do Instituto Ethos.

Por Bianca Cesário, do Instituto Ethos

Foto: TVI 24

Usamos cookies para que você possa ter uma boa experiência ao navegar.
Ao usar o site você concorda com o uso de cookies.
Para mais informações, por favor veja nossa Declaração de Privacidade.

CONTATO

© 2016-2021 Instituto Ethos - Todos os direitos reservados.

Usamos ResponsiveVoice - NonCommercial para converter texto para fala.