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CONFERÊNCIA ETHOS 360°

Desafios urbanos: inclusão social

30/09/2016

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Uma mulher é violentada no Brasil a cada 11 minutos. A expectativa de vida dos travestis é de 35 anos. O que fazer para diminuir a agressão às minorias?

“Diferentemente do que acontecia nas décadas de 60, 70, quando as pessoas migravam para os grandes centros, hoje as elas buscam os municípios de médio porte para viver, sendo que essas cidades padecem dos mesmos males que afetam os grandes centros”, analisou Henrique Frota, secretário executivo do Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico e membro da equipe direito à cidade do Instituto Pólis.

Segundo ele, 85% da população está concentrada nos centros urbanos, injustos, insustentáveis e desiguais. Sendo que o medo é um poderoso articulador de políticas públicas, pois quanto mais vivenciarmos o espaço público, mais seguro ele será. Dessa forma, devemos buscar a inclusão social em meio aos diversos desafios urbanos.

“Quantos homens andam nas ruas com medo de serem estuprados?” indagou Rodrigo Iacovini, assessor de relações internacionais do Instituto Pólis, entidade que há 30 anos atua no campo da reforma urbana e na defesa no direito à cidade. Se a reposta pode significar um número baixo, por outro lado, no Brasil uma mulher é violentada a cada 11 minutos, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. “Sem falar que o Brasil é o país que mais mata travestis, cuja expectativa de vida é de apenas 35 anos”, informou Iacovini. O palestrante também relatou outro dado preocupante: um quarto de vida de uma pessoa é gasto na locomoção de sua casa para o emprego, ou do emprego para a escola.

Paula Galeano, superintendente da Fundação Tide Setúbal, salientou a necessidade de investimentos nas regiões periféricas dos grandes centros urbanos e da dificuldade de atrair investimentos para esses locais. “Tivemos uma experiência prática e prazerosa em desenvolver eventos em espaços públicos e abertos, como o Festival do Livro e da Literatura em São Miguel”, disse, reforçando a necessidade de as empresas se envolverem no desenvolvimento dos espaços públicos locais. De acordo com Paula, há necessidade de uma conexão forte com a população para entender os seus anseios para, em conjunto, construir ações efetivas.

Gláucia Oliveira, coordenadora de gestão de pessoas do Instituto Ethos, fez uma rápida explanação das atividades do órgão dentro da temática dos desafios de inserir pessoas no espaço urbano. Na oportunidade, Gláucia colocou para os empresários presentes a seguinte reflexão: “de que forma vocês podem aproveitar os exemplos apresentados, mesmo os da Fundação Tide Setúbal, de caráter familiar, para se envolver em prol do desenvolvimento local dos espaços públicos?”

 

Por Zulmira Felicio, para o Instituto Ethos.

 

Foto: Clovis Fabiano/Fernando Manuel/Adilson Lopes

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