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Ratificar o Acordo de Paris é uma oportunidade para transformações reais

05/04/2016

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No dia 22 de abril, será realizada, na sede da ONU, em Nova York, a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris. O documento entrará em vigor somente depois que for ratificado por 55 países que respondam por no mínimo 55% das emissões mundiais de gases do efeito estufa (GEE).

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento multissetorial do qual o Ethos faz parte, considera a assinatura do acordo pelo Brasil um grande gesto político, que vai repercurtir internacionalmente o protagonismo do país no combate à mudança climática, além de mostrar a tod@s @s brasileir@s que as metas assumidas estão sendo efetivamente implementadas, gerando impactos reais e positivos no social, no econômico e no ambiental.

“A agenda do clima é, acima de tudo, uma agenda estratégica de desenvolvimento. Ela é ampla e urgente, no que diz respeito aos riscos ambientais e às oportunidades econômicas”, afirma Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima.

“Buscar maior eficiência energética, reflorestar, recuperar áreas degradadas e tornar os processos produtivos mais sustentáveis envolvem não apenas mitigar a mudança climática mas trazer transformações que tornarão as atividades econômicas mais competitivas e promoverão mais justiça e inclusão na sociedade. Essa é uma oportunidade sem precedentes para combatermos a crise, adotando uma outra forma de fazer negócios”, diz Rachel Biderman, diretora do Institute WRI Brasil (World Resources Institute).

Por tudo isso, a Coalizão Brasil espera que o governo brasileiro ratifique o mais breve possível o Acordo de Paris. Em termos legais, a confirmação precisa ser feita por meio de atos do Legislativo e do Executivo, com decretos específicos voltados para os compromissos assumidos pelo país na COP21.

“Validar o tratado em âmbito nacional é um dos passos fundamentais para iniciarmos o cumprimento das metas para o clima contidas na INDC brasileira [conjunto de objetivos nacionais para frear o aquecimento global], que, por sua vez, terão impactos em vários segmentos econômicos, sociais e ambientais do país”, lembra João Paulo Capobianco, presidente do IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade).

“Trata-se de um compromisso do Estado, que norteará o desenvolvimento do Brasil nos próximos anos e décadas”, destaca Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Ibá (Industria Brasileira de Árvores).

A INDC brasileira inclui, entre outros compromissos, o reflorestamento e a restauração de 12 milhões de hectares, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, a implantação do sistema lavoura-pecuária-floresta em 5 milhões de hectares e a participação de 18% de biocombustíveis na matriz energética e de 23% de energia renovável (além da hídrica) no fornecimento de energia elétrica até 2030. Uma agenda tão abrangente precisa de ampla discussão e, sobretudo, de planejamento. “O governo deve estabelecer um processo de diálogo intenso com a sociedade, uma vez que o cumprimento das metas nacionais para o clima depende do engajamento e da mobilização de todos os setores”, afirma Elizabeth Farina, diretora presidente da Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).

 

Fonte: Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura
Foto: Campanha da fraternidade/Flickr

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