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CONFERÊNCIA ETHOS 360°

Mobilidade: o que o Brasil tem em comum com o México

23/09/2016

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O Brasil tem diversas semelhanças com o México. Além de ambos terem sido colônias no passado, enfrentam hoje problemas parecidos em relação ao uso de automóveis e à poluição.

Como acabar com o incentivo do uso de carro em grandes e populosas cidades, principalmente na América Latina? No painel “Diálogo Brasil-México: exemplos inovadores de concepções de mobilidade urbana”, apresentado na Conferência Ethos 360°, Ana Ogarrio, consultora sênior do Mexican Institute for Competitivenes (IMCO), Ciro Biderman, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Flavia Resende, coordenadora do Instituto Ethos, e Ricardo Corrêa, sócio-fundador da TC Urbes, afirmaram que a região tem sido dominada por uma cultura automotiva, o que é ineficiente, ultrapassado e insalubre. Os três especialistas trataram da necessidade de mudança na forma de pensar a mobilidade pelo poder público.

Ogarrio mostrou a quantidade de áreas de estacionamentos da Cidade do México, que dominam 42% da capital mexicana. “Esse pensamento leva a um círculo vicioso, que dificulta o desenvolvimento humano, aumenta a poluição e espalha de forma inadequada o adensamento”, diz.

Biderman acredita que o poder público perde enormes oportunidades pelo fato de planejar o transporte de forma ultrapassada. “É preciso que governantes pensem nisso como as startups, pensem em solucionar os problemas de modo simples. Startups geram grandes valores para seus negócios porque focam na solução, não ficam limitadas apenas ao lucro”, disse ele, que sugere a criação de aplicativos e a utilização de smartphones para cobrar dos motoristas as cerca de 40 mil vagas de zona azul em São Paulo.

Já Corrêa ressaltou a importância de as empresas incentivarem o uso de transporte público por seus colaboradores. “Tem de descentralizar o uso do veículo. Há demanda e pressão pela adesão às bicicletas, por exemplo. Os empresários precisam oferecer vestiário para quem quer ir pedalando e outros estímulos para que as pessoas deixem o carro em casa”.

 

Por Maíra Teixeira, para o Instituto Ethos.

 

Foto: Clovis Fabiano/Fernando Manuel/Adilson Lopes

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