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Repensar ingredientes e investir em tecnologias foram experiências compartilhadas na Conferência Ethos no Rio de Janeiro
Como as empresas podem contribuir com o combate à Obesidade Infantil? A fim de responder a esta questão a Amil viabilizou o painel: O Combate à Obesidade Infantil: Soluções e Protagonismos durante a segunda edição da Conferência Ethos no Rio de Janeiro.
Andrea Motta, diretora de categorias da Coca-Cola, abriu o debate ressaltando que “o diálogo é necessário, para construir pontes”. Motta abordou algumas inciativas relacionadas ao negócio da empresa frente as demandas internas e externas. “Reduzimos o açúcar de algumas receitas, pensando em como ampliar a oferta de portfólio, entendendo que pessoas diferentes querem opções diferentes de bebidas. Investimos em tecnologia para produzir embalagens pequenas, em doses menores. Pensamos em como continuar a fazer um processo de transparência com informações nutricionais na rotulagem e investindo em ações de Marketing responsável, comercializando em cantinas de escolas apenas águas e sucos, num movimento com a Ambev e PesiCo. Queremos ver a transformação acontecer de verdade”, revelou.
A engenheira de alimentos e consultora em alimentação infantil, Mayra Abbondanza, falou sobre como promover novos hábitos familiares, começando a envolver as crianças desde a primeira infância. “É importante trazer a cozinha para o meio da sala de aula, promover cada vez mais aulas nas escolas piqueniques com programas que envolvam a família inteira. As empresas têm de focar em recém-pais, que estão muito ávidos por conhecimento, por informação. A criança tem protagonismo, então vamos estimulá-la, pedir para que escolha a fruta do suco, apresentar temperinhos que possam ser acrescentados, unindo o lúdico e criando vínculos. Estimular a criança a se interessar pelo assunto e integra-la a este momento de refeição. Oferecer qualidade e diversidade. Com equilíbrio, tudo pode. Aprendi que não existem maus alimentos, existem maus hábitos”, revelou.
Odete Freitas, diretora executiva de Sustentabilidade da UnitedHealth Brasil, abordou a questão da obesidade como uma doença gravíssima e o papel da família na manutenção de uma alimentação saudável. “A expectativa é que a próxima geração viva menos dez anos que a gente. A urbanização, a criação com poucos laços familiares, a tecnologia e o sedentarismo estão aumentando a probabilidade de doenças. Crianças e nós adultos precisamos de natureza. Pais e avós são exemplos para as crianças. Nada é proibido, mas também é preciso aprender a dizer não. Há muito o que fazer, há muito o que mudar”, afirmou.
Foto: Thais Berlinsky
