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CONFERÊNCIA ETHOS

Destaques da Conferência Ethos em Belém

21/03/2018

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Natura viabilizou painéis que debateram a questão da mulher e o empoderamento das comunidades

A Natura participou efetivamente da primeira edição da Conferência Ethos em Belém. Os painéis: “Os desafios das mulheres da Amazônia: violência, saúde, renda e emprego” e “O empoderamento das comunidades: educação, saúde e empreendedorismo” foram oferecidos pela empresa de cosméticos que há anos vem investindo em produtos da flora brasileira.

Adelina Braglia, coordenadora do Núcleo de Apoio aos Povos Indígenas, Comunidades Negras e Remanescentes de Quilombo (Nupinq); ​Adriana Gomes Lima, sócia-fundadora do Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém (MMIB) e Tereza Cavalca, gerente de RH Regional Alumina Brasil da Alcoa e líder da Alcoa Women Network – AWN foram as escolhidas para explanar sobre os desafios da mulher amazônica. ​Sheila de Carvalho, coordenadora de projetos em práticas empresariais e políticas públicas foi a mediadora da mesa.

Adelina contextualizou sobre a situação das mulheres no Pará. “Tenho um pouco de medo daquilo que se chama de ecofeminismo, porque ao mesmo tempo que coloca as mulheres como guardiãs da natureza, as pasteuriza num todo sem respeitar as desigualdades de gêneros e de oportunidades. Temos que continuar brigando muito pela implementação de políticas públicas em todas as áreas. A garantia de ampliação das políticas públicas, por exemplo no que se refere à violência contra a mulher, é imprescindível”, destacou.

Por sua vez Adriana, trouxe ainda mais insumos para a questão. “Os homens não acreditavam que poderia dar certo e chegaram a dizer que seria ‘uma casa da luz vermelha’”, conta sobre o projeto Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém que teve início em 1998 e desde então tem fomentado a geração de renda para mulheres, a fim de auxiliá-las quanto a independência financeira e autonomia. “Conseguimos tantas coisas porque saímos da cadeira e fizemos o movimento. É importante criar ondas e fazer com que as outras sigam o exemplo e se unam para fazer algo”, avalia.

A experiência da inclusão de mulheres em um setor majoritariamente masculino foi relatada pela gerente de RH Regional Alumina Brasil da Alcoa. “Trabalhamos nas portas de entrada à Alcoa e isso vem nos auxiliando a mudar essa predominância na empresa. Hoje disputam quem vai ficar com as meninas no programa jovem aprendiz”, revela Tereza. Atualmente os processos seletivos da empresa precisam ter 50% de mulheres. “Mesmo quando não há mulheres inscritas o suficiente a liderança precisa ser comunicada para não perdermos essa prática”, conta.

No painel, que ao inverso deste primeiro contou apenas com a participação de convidados homens, a mediadora Sheila fomentou a discussão sobre o empoderamento das comunidades, quanto a educação, saúde e empreendedorismo.

Caetano Scannavino, coordenador da ONG Projeto Saúde & Alegria falou acerca da valorização dos saberes locais. “Procuramos empoderar a população com o imput de conhecimento delas. Uma política social que pode se espalhar para as políticas públicas”, acredita Caetano que vislumbra ainda que “o  futuro é indígena, no sentido de mais cooperação e menos competição”.

​Gilson Borralhos, presidente da Cooperativa Agroextrativista Mista de Santo Antonio do Tauá (CAMTAUA) falou sobre iniciativas na região. “Todo mundo fala em salvar a Amazônia, que ela é o pulmão do mundo. Mas, e nós que estamos aqui, o que estamos fazendo para produzir com qualidade?”, questionou ao passo que citou o exemplo do murumuru, que inicialmente era considerado uma praga. “Eram cortadas árvores de murumuru para plantar o açaí. Hoje, sabendo que o fruto pode ser usado, são respeitados os ciclos, ora murumuru, ora açaí. Contemplando a sustentabilidade”, destaca.

​​Mauro Costa, gerente de relacionamento e abastecimento da sociobiodiversidade da Natura reforçou o conceito sobre a utilização da matéria-prima local. “Ao desenvolver um novo produto é preciso considerar a biodiversidade e a matéria-prima deve sair das comunidades”, disse.

 

Foto: Helen Mafra

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