Instituto denuncia que poderosas forças políticas e econômicas atuam para inviabilizar novas investigações e os resultados da Operação
07/03/2017
Nesta terça-feira, 7 de março, o Instituto Ethos encaminhou aos chefes dos principais poderes do Estado brasileiro uma carta aberta em defesa da Operação Lava Jato. O documento foi entregue pessoalmente ao presidente Michel Temer pelo conselheiro do Ethos, Jorge Abrahão, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômicos e Social (CDES) no dia de hoje. Ao Supremo Tribunal Federal, Procuradoria-Geral da República, Senado Federal e Câmara dos Deputados foi encaminhado e-mail e enviado ofício contendo a carta que pode ser lida na íntegra aqui.
Motivado por “fortes indícios” que indicam “que poderosas forças políticas e econômicas atuam para inviabilizar novas investigações e os resultados da Operação” o Ethos afirma no documento que acredita no estabelecimento de um Sistema de Integridade Nacional amplo.
“É urgente a construção de um Plano Nacional de Integridade, Transparência e Combate à Corrupção, que deverá abordar, entre outros temas, a integridade no setor privado, com a melhoria da regulação existente; o aumento da transparência pública nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e o fortalecimento das formas de controle, com sistemas mais participativos e eficazes, por meio dos quais se exercite o controle social e aprimore o sistema político e eleitoral”, destaca o posicionamento.
Não é a primeira vez que o Ethos se manifesta em relação à Operação Lava Jato, visto que desde o início das investigações o instituto tem se posicionado em favor da busca pela integridade e no combate à corrupção. O último posicionamento havia sido realizado em agosto de 2016: Transparência e combate à corrupção: é imperativo continuar.
Neste novo momento o Ethos reforça seus posicionamentos anteriores identificando a Lava Jato como um mecanismo fundamental para “fomentar uma elevação de patamar das relações público-privadas no país e ao contribuir para que a retomada do crescimento se dê em bases íntegras e éticas”.
Por Rejane Romano, do Instituto Ethos
Foto: Econlife
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