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Fundador da Transparência Brasil morre aos 72 anos, em São Paulo

13/08/2018

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Cláudio Weber Abramo teve papel fundamental na agenda de transparência e combate à corrupção

Cláudio Weber Abramo, jornalista paulistano e um dos maiores especialistas na agenda da transparência e combate à corrupção do país, faleceu na noite deste domingo (12), aos 72 anos, em São Paulo, devido a complicações do tratamento de um câncer no intestino.

Abramo foi cofundador da Transparência Brasil, entidade pioneira no combate à corrupção, a qual comandou por quase 15 anos. Foi responsável por projetos inovadores relacionadas à utilização de dados no combate à corrupção eleitoral, como o “Excelências”, sobre o histórico da vida pública de parlamentares. Ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo em 2006 e liderou o jornalismo de dados com o projeto Às Claras, plataforma que organizava e disponibilizava gastos das eleições.

O Instituto Ethos sempre teve em Abramo um parceiro fundamental e uma referência na agenda de transparência e combate à corrupção. Por exemplo, colaborou na elaboração de uma publicação do Ethos sobre “Formulação e Implantação de Código de Ética em Empresas – Reflexões e Sugestões”, em 2000. Também foi membro, assim como o Ethos, do Conselho de Transparência e Combate à Corrupção, espaço onde defendia e apoiava o aprimoramento do marco regulatório brasileiro, do Conselho da Transparência Pública e Combate à Corrupção da CGU e do Conselho de Transparência do Senado. “No período que estivemos juntos no Conselho de Transparência do Senado, Cláudio trouxe contribuições fundamentais para garantir e facilitar o acesso do cidadão as informações sobre os parlamentares e sobre o Senado”, lembra Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos.

Muitos dos avanços que o Brasil obteve nessas agendas nos últimos anos devem-se à atuação corajosa e embasada tecnicamente de Abramo. O jornalista foi figura fundamental para a aprovação da Lei de Acesso à Informação, por meio do papel exercido pela Transparência Brasil e pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) para viabilizar a sanção do projeto.

“A importância de disponibilizar dados públicos e as inúmeras possibilidades de utiliza-los para o controle social são temas que tiveram a marca de Claudio. Atualmente, a agenda da transparência e combate à corrupção nunca foi tão importante, ainda mais às vésperas do processo eleitoral mais incerto de todos os tempos. O país sentirá ainda mais sua falta”, acredita Magri.

 

Foto: Wikipedia Commons

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