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CONFERÊNCIA ETHOS 360°

Falta inovação nas escolas

27/09/2016

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Alternativas que colaboram para um novo modo de ensinar e impactar positivamente a vida de crianças e adolescentes foram assuntos abordados durante a Conferência Ethos 360º.

Pensar em novos modelos de desenvolvimento econômico passa por oferecer educação mais acessível e de melhor qualidade para crianças e adolescentes. Durante o painel “Transformando vidas: educação, empregabilidade e geração de renda”, mediado pelo apresentador de TV Cazé Peçanha, foram apresentadas experiências da Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil) e o trabalho do Unicef na região amazônica, que justamente caminham nessa direção.

“Muitas vezes ficamos produzindo teorias na academia, mas não vamos a campo para conhecer o que os jovens precisam e querem para sua educação”, diz Claudia Forte, superintendente da AEF-Brasil. Para ela, se há lacunas no ensino no que se refere a matérias fundamentais como português e matemática, faltam também ensinamentos que podem ajudar a preparar melhor os alunos para a vida, como é o caso da educação financeira.

Em 2015, a AEF-Brasil, por meio de seu Programa Educação Financeira nas Escolas, levou esse conhecimento para 26 secretarias estaduais de educação, atingindo dessa forma 1.232 escolas em todo o país. Já o Programa de Aprendizagem Virtual, dedicado aos professores, registrou a participação de 4.711 educadores. A iniciativa ainda disponibilizou às escolas diversos materiais didáticos. Além dos jovens, a educação financeira oferecida pelo projeto também se aplica a adultos. “Estamos procurando parceiros interessados em expandir o projeto para as mulheres que estão perdendo o benefício do Bolsa Família e para aposentados. Hoje nós temos uma população mais envelhecida, mas também mais endividada”, ressalta ela.

Unai Sacona, coordenador do trabalho do Unicef na região da Amazônia Legal Brasileira, destacou o alerta da agenda 2030 do organismo, que diz que esta é a primeira geração que tem os meios para erradicar a pobreza, mas é também a última geração que pode ter a chance de viver em um meio ambiente saudável.

“O Unicef trabalhou desde os anos 80 em ações para evitar a mortalidade de crianças e teve êxito. Mas depois percebemos que as crianças salvas nessa faixa etária muitas vezes morriam ao chegar à adolescência por causas perfeitamente evitáveis”, diz Unai, acrescentando que hoje a mortalidade de adolescentes é considerada epidêmica. “No Brasil, meninos de periferia negros têm sete vezes mais chance de morrer por causas violentas”, afirma. Para combater isso, Unai reforça que o caminho é a educação de qualidade.

Ele destaca uma experiência na periferia de Manaus que levou os jovens a debater a questão do voto consciente e a conhecer melhor sua realidade de forma crítica. “Fomos surpreendidos quando um grupo de adolescentes foi falar com o prefeito para pedir providências para um colega cadeirante que tinha dificuldades de locomoção na escola. E o prefeito atendeu a demanda”, conta.

 

Por Adriana Carvalho, para o Instituto Ethos.

 

Foto: Clovis Fabiano/Fernando Manuel/Adilson Lopes

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