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Publicação do Ethos em parceria com WWF foi lançada na Conferência Ethos em São Paulo

Os interesses, as preocupações e as organizações por traz do financiamento da adaptação à mudança do clima foi a temática da mesa “Financiamento climático para a adaptação no Brasil”, na Conferência Ethos 360º em São Paulo. Da mesa participaram Flavia Resende, coordenadora de projetos em práticas empresariais e políticas públicas do Instituto Ethos; Katerina Trostmann, analista de pesquisa sênior do WRI Brasil; Annelise Vendramini, coordenadora do Programa de Finanças Sustentáveis do Centro de Estudo em Sustentabilidade da FGV São Paulo, Thiago Mendes, professor do curso de pós-graduação de Gestão de projetos ambientais da PUC Minas; Edson Domingues, professor associado do departamento de Ciências Econômicas da UFMG e André Nahur, coordenador de mudanças climáticas e energia na WWF Brasil.

“O financiamento climático é muito dinâmico, complexo e difícil de monitorar”, apresenta Trostmann, pesquisadora responsável pela publicação “Financiamento Climático para Adaptação no Brasil: mapeamento de fundos nacionais e internacionais”, apresentada na mesa. “Durante a pesquisa, percebemos que os recursos disponíveis para a adaptação estão focados em três grandes áreas: Infraestrutura, Agricultura, Cidades e Recursos Hídricos”, apresentou a analista do WRI. “Contudo, para a área da saúde não há nenhum fundo para investimento nesta agenda, o que no longo prazo pode vir a ser um desafio”, completou.

O Brasil é um país sensível às mudanças do clima, particularmente por sua população estar majoritariamente nas regiões costeiras e por ser um país basicamente agrário. Com isso, “o nosso PIB pode sofrer grande impacto com as mudanças climáticas”, apontou Edson Domingues, da UFMG. Annelise Vendramini também alertou para esta questão, apontando que “a nossa competitividade também está em jogo, podemos cair muito com os riscos da mudança do clima. Por isso, precisamos investir agora em infraestruturas, mais versáteis, que já sejam adaptadas”.

O papel das empresas é de total relevância neste contexto. Durante a pesquisa para a publicação, percebeu-se que as empresas não investem em ações de adaptação às mudanças climáticas por razões como o custo de investimento e falta de incentivo governamental.  Contudo, veem oportunidades para a criação de ações para as mudanças do clima, em especial pela possibilidade de reduzir custos, criar novos produtos e negócios e aumentar a reputação da marca. “A maioria dos financiamentos incluem recursos para o setor privado, o que pode ser uma grande oportunidade para as empresas”, indicou Flavia Resende, do Ethos.

Acesse a publicação completa aqui.

Por Bianca Cesário, do Instituto Ethos

Foto: Clóvis Fabiano e Kleber Marques