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Quem financia os investimentos em mitigação e adaptação às mudanças do clima?

17/10/2017

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Ethos, em parceria com o WRI, realizou levantamento

A responsabilização sobre a mudança do clima é um papel de todos, mas estas medidas de mitigação e adaptação requerem investimento. Quem são os atores que estão investindo nesta temática? Este foi o questionamento que liderou a pesquisa realizada pelo Ethos em parceria com o WRI para entender a origem dos recursos disponíveis para projetos de mitigação e adaptação para a mudança do clima. No encontro de agosto do Fórum Clima, que ocorreu no último dia 29, os resultados prévios da pesquisa foram apresentados.

Ao início do encontro, Flavia Resende, do Ethos, apresentou as principais iniciativas do Instituto Ethos na área de Mudança Climática com foco em promover uma economia de baixo carbono junto a empresas, destacando aspectos da Carta Aberta ao Brasil Sobre Mudança do Clima, assinadas por mais de 60 empresas.

Katerina Elias-Trostmann, do WRI Brasil, apresentou os resultados preliminares da pesquisa que contou com a participação de 32 empresas associadas Ethos e procurou entender como as questões das mudanças do clima são trabalhadas. Entre os principais resultados estão os de que mais da metade das empresas não fazem avaliações periódicas sobre vulnerabilidade climática de seus negócios e 65% delas não incluem despesas com eventos climáticos extremos em seu planejamento financeiro.

Sobre a razão para o não investimento em ações de adaptação às mudanças climáticas, as empresas elencaram: custo de investimento e falta de incentivo governamental.  Entre as oportunidades vistas na criação de ações para as mudanças do clima, estão a de reduzir custos, criar novos produtos e negócios e aumentar a reputação da marca.

O mapeamento da origem dos investimentos na temática de mudanças climáticas no Brasil, foco da pesquisa, identificou 28 fundos internacionais e 20 nacionais. Um dos diagnósticos centrais foi que a maioria dos financiamentos disponíveis são para mitigação e a adaptação ainda não é muito valorizada, além do fato de que a maioria das concessões incluem o setor privado, indicando uma oportunidade para as empresas. Os setores prioritários dos financiamentos são energia, transportes, mobilidade urbana, agricultura, biodiversidade e ecossistemas, cidades e recursos hídricos, que são áreas mais sensíveis à mudança do clima.

“A construção de ações empresariais que invistam em energias renováveis, menor emissão de carbono e outros aspectos é essencial para o avanço desta pauta. Com o mapeamento dos financiamento e diagnóstico de que as organizações privadas podem ser contempladas, as empresas têm uma oportunidade ímpar de alavancar e acelerar medidas de adaptação às mudanças climáticas”, indicou Flavia Resende, do Instituto Ethos.

Confira aqui a publicação “Financiamento Climático para Adaptação no Brasil: mapeamento de fundos nacionais e internacionais”.

 

Por Bianca Cesário, do Instituto Ethos

Foto: Unsplash – Karsten Wurth

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