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"Quem não se comunica, se trumbica!"

15/11/2017

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Em entrevista, diretor presidente do Akatu fala sobre a importância de uma comunicação assertiva
 

Em tempos em que a comunicação se torna cada vez mais uma estratégia de negócio, a eficácia em transmitir conceitos e mensagens é imprescindível a fim de alcançar pessoas. Tanto as empresas como as organizações que atuam frente a questões socioambientais precisam renovar-se constantemente na arte de comunicar.

Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu e associado curador do Instituto Ethos, conta como foi pensada a alteração do layout do site do instituto e quais as estratégias para sensibilizar pessoas quanto às causas que são de todos.

ETHOS: Recentemente, o site do Instituto Akatu passou por uma grande reformulação. Qual a motivação para essa tomada de decisão?
Helio Mattar: Fizemos uma reformulação no site do Instituto Akatu porque sabemos que não basta produzir um conteúdo interessante e de qualidade, é preciso garantir que ele atenda, o melhor possível, a demanda do seu público-alvo. Por isso, um dos destaques do novo site é a melhoria nas técnicas de otimização para ferramentas de busca (SEO, Search Engine Optimization) – isto é, o material produzido pelo Akatu na internet será encontrado com mais facilidade ao serem usadas ferramentas como o Google. Além disso, o site foi reformulado para ter um visual mais “leve” e passou a ser organizado de forma a priorizar o usuário, com uma navegação mais intuitiva. Além disso, houve uma alteração para melhorar o uso do site em dispositivos móveis, já que 1/3 dos acessos veem de smartphones, celulares e tablets, o que tende a crescer.

 

ETHOS: Qual a estratégia do Akatu para que a comunicação atenda a necessidade de sensibilização do consumidor sobre o consumo consciente?
HM: Há uma urgência de conscientizar o consumidor, frente ao problema de sustentabilidade da vida no planeta. Mais que isso, é preciso que as nossas mensagens de sensibilização e mobilização provoquem uma mudança de comportamento nas pessoas. Para que isso aconteça, nossa comunicação precisa proporcionar:

Para atingir a um número grande de pessoas, o Akatu busca falar constantemente com os formadores de opinião que, com sua influência, ampliam naturalmente o alcance do conceito e da prática do consumo consciente. O instituto é fonte de diversos veículos de comunicação de TV, rádio, impresso e online, pois é frequentemente consultado como referência de consumo consciente. As campanhas de publicidade também são poderosas para sensibilizar e mobilizar a população.

ETHOS: Quais fatores são decisivos quanto ao tom da comunicação nesta plataforma?
HM: Em todas as suas peças de comunicação, o Instituto Akatu busca ter os cuidados abaixo para que consiga ser engajador:

– Não ser alarmista: o medo imobiliza e desestrutura

– Não apontar o dedo: a culpa distancia o público

– Mostrar o melhor caminho: apontar alternativas criativas para os problemas apontados

– Valorizar o papel do consumidor como agente para a construção da sustentabilidade

– Valorizar a ação individual: mostrar com clareza que a ação de cada pessoa faz diferença

Em 2004, o Akatu criou uma metodologia pedagógica que orienta a comunicação para o consumo consciente, com seis pontos dirigidos a mudar a percepção do consumidor com relação ao consumo, buscando fazer o consumidor perceber que:

ETHOS: De que forma as ONGs poderiam potencializar sua comunicação de causas?
HM: São as “causas” que movem as pessoas, sejam elas uma bandeira de instituição, governo ou empresa. O grande desafio é conseguir convencê-las a participar com consistência e persistência, e não de forma superficial e pontual. Naturalmente, há causas que engajam de forma imediata por conta da natureza de suas ações, como é o caso da causa da criança. Outras, como é o caso das causas ambientais, são naturalmente mais distantes das pessoas, e o engajamento depende da capacidade de mostrar o impacto das causas sobre o bem-estar de todos. Na visão do Akatu, no caso de causas mais distantes das pessoas, o engajamento ocorre quando fica clara a relevância da causa para a sua própria vida e daqueles que estão próximos. Um bom exemplo, no caso do Akatu, refere-se ao desmatamento. Houve um trabalho extraordinário das ONGs ambientais sobre o problema do desmatamento e seus impactos. Coube ao Akatu mostrar às pessoas que o seu consumo cotidiano – seja de carne, seja de soja – pode contribuir para a redução do desmatamento, relacionando esses atos de consumo e o que acontece na Amazônia. Ao valorizar a contribuição das pessoas para a solução dos problemas apontados nas causas, fazendo-as perceber que o seu apoio às causas reverte em benefícios para todos inclusive elas próprias, tenderá a haver gradualmente uma potencialização das causas junto às pessoas.

 

Por Rejane Romano, do Instituto Ethos

Foto: Paulo Huras

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