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“Se o esporte não der exemplo, com certeza nós não estaremos caminhando bem”

15/07/2018

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Presidente do Flamengo fala sobre trajetória do clube para a governança íntegra e transparente

Neste 15 de julho, Dia Nacional dos Clubes, Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, fala em entrevista sobre as motivações e planos futuros do primeiro clube a se associar ao Instituto Ethos.

Destaques como a governança pautada na integridade e transparência e a relevância do Rating Integra, ferramenta de avaliação das práticas esportivas, também foram contemplados. E, também, o quanto as boas-práticas no esporte são representativas e indutores de comportamentos na sociedade.

Ethos: O que representa para o Flamengo a associação ao Ethos?
Eduardo Bandeira: Para o Flamengo é extremamente importante porque o Instituto Ethos é uma organização de altíssima credibilidade nessa área de responsabilidade social. Eu particularmente já tinha contato com o Ethos bem antes de vir para o Flamengo e, como o Flamengo ao longo desses últimos 5 anos está caminhando nessa trajetória de ser cada vez mais um clube cidadão, nada mais importante do que se associar a uma entidade de alta reputação nessa área.

Ethos: De que forma o Flamengo busca aprimorar sua gestão em relação à governança, transparência e integridade?
Eduardo Bandeira: Isso para nós é algo que poderia ser quase que intuitivo, porque todas essas características estão no DNA das pessoas que dirigem o Flamengo hoje. Então, desde o início, quando nós chegamos aqui e encontramos o clube numa situação caótica, nós percebemos que o único caminho que tínhamos era o da integridade, da transparência, e da boa governança, e procuramos nos associar a pessoas e organizações que trabalhassem sempre com esses princípios e valores. Conseguimos caminhar muito bem.

“… nós percebemos que o único caminho que tínhamos era o da integridade, da transparência, e da boa governança, e procuramos nos associar a pessoas e organizações que trabalhassem sempre com esses princípios e valores”.

Ethos: Como você observa o futebol brasileiro em relação ao avanço desses aspectos na gestão? Há avanços?
Eduardo Bandeira: Infelizmente eu acho que temos muito o que evoluir no futebol brasileiro, principalmente em relação às entidades de administração, para não falar em vários clubes também. Hoje nós temos uma governança nas entidades de administração do futebol que eu considero totalmente artificial, que não representam os principais atores do futebol brasileiro, que são os clubes, e muito menos não representam a torcida, o público que é quem movimenta todo o esforço que se faz em relação ao futebol. Acho que temos que avançar muito e esse avanço tem que partir da legislação, porque todos nós já percebemos que não vai ser uma ação voluntária que vai nos levar a algum progresso nessa área.

Ethos: Como o Flamengo tem influenciado seus 40 milhões de torcedores nas questões de integridade, transparência e responsabilidade social e quais os planos para o futuro?
Eduardo Bandeira: Os torcedores do Flamengo, desde que nós tornamos evidente que seguiríamos por esse caminho, têm tido uma reação extremamente positiva. Eu acho que o torcedor do Flamengo sempre se ressentiu de ter um clube que era considerado mal pagador, que não cumpria seus compromissos com seus empregados, com seus atletas, com seus interlocutores de uma maneira geral. A partir do momento em que o Flamengo deixou claro que estava seguindo por essa linha, os torcedores tiveram uma compreensão muito grande, inclusive porque foram sacrificados, perceptivelmente,  objetivos na área esportiva, principalmente nos primeiros anos do mandato.

Ethos: Estes planos futuros englobam o Rating Integra? (ferramenta do Ethos para Ética no esporte)
Eduardo Bandeira: Com certeza, porque o Rating Integra é uma maneira de se quantificar, de se tornar objetivo tudo aquilo que a gente vem fazendo nessa área de transparência, boa governança e integridade. A partir do momento que você tem um Rating ele não permite que a coisa fique simplesmente no discurso, naquela coisa empírica e não quantificada. Então é extremamente importante que tudo que se faça nessa área seja avaliado de maneira objetiva por um Rating, nesse caso, o Integra.

“A partir do momento que você tem um Rating ele não permite que a coisa fique simplesmente no discurso, naquela coisa empírica e não quantificada. Então é extremamente importante que tudo que se faça nessa área seja avaliado de maneira objetiva por um Rating, nesse caso, o Integra”.

Ethos: Em sua opinião, quais os principais ganhos para o futebol brasileiro ao aderir a este tipo de conduta?
Eduardo Bandeira: Eu acho que os ganhos são óbvios, porque afinal de contas o futebol é um esporte e os princípios do esporte são os de equidade, de oportunidades iguais para os dois lados, são princípios que elevam a população para o lado positivo, para o lado de tudo que representa uma instituição de boa governança, que se preocupa com questões de transparência, de integridade, de princípios e valores. E o esporte é o principal ponto de contato de boa parte da população com a realidade do país. Então, se o esporte não der exemplo, com certeza nós não estaremos caminhando bem.

 

Foto: Flicker

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